O empresário Iron Duarte Costa foi condenado a 22 anos de reclusão por homicídio qualificado e tentativa de homicídio contra dois adolescentes, crimes cometidos em 2012, no município de São Domingos do Azeitão, no sul do Maranhão. O julgamento foi realizado pelo Tribunal do Júri da cidade de Balsas.
Bruno Pereira Carneiro, de apenas 13 anos, foi morto com um tiro na cabeça. O outro adolescente, Pedro da Costa Barros, também de 13 anos, sobreviveu após ser atingido por dois disparos — um no braço e outro na cabeça.
De acordo com a acusação, os adolescentes brincavam próximo ao muro de uma granja pertencente ao empresário quando foram surpreendidos pelos disparos.
O caso ocorreu no dia 29 de novembro de 2012. Pedro foi socorrido e internado em estado grave no hospital de Presidente Dutra, mas sobreviveu. Bruno morreu no local.
Após o crime, Iron Duarte fugiu e ou a ser procurado pela Justiça. Um mandado de prisão foi expedido e o julgamento chegou a ser marcado para 2019, mas acabou adiado a pedido da defesa do réu.
Durante o julgamento, os jurados reconheceram por maioria a materialidade do homicídio e da tentativa de homicídio, ambos qualificados por motivo fútil e uso de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa das vítimas.
Iron Duarte foi condenado pelos seguintes crimes:
– Homicídio qualificado consumado, contra Bruno Pereira Carneiro;
– Tentativa de homicídio qualificado, contra Pedro da Costa Barros;
– Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
A pena imposta foi de 22 anos de reclusão em regime fechado, além de 24 dias-multa. Conforme decisão do juiz César Augusto Popinhak, que presidiu o júri, o réu não poderá recorrer em liberdade.
Segundo a Justiça, o empresário alegou que sua granja já havia sido alvo de furtos anteriormente, o que, para ele, justificaria os disparos. A versão, no entanto, foi considerada desproporcional e inaceitável pelo tribunal.