TSE marca nova data para julgamento que pode cassar chapa Dilma-Temer 3q6bd

Notícia Geral

Folha.com 221l18

   
Brazil's President Dilma Rousseff (L) talks to Vice President Michel Temer at the Planalto Palace in Brasilia, Brazil, in this March 2, 2016 file photo. REUTERS/Adriano Machado/Files ORG XMIT: BSB101
Michel Temer ao lado de Dilma Rousseff

LETÍCIA CASADO
DE BRASÍLIA

O ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), marcou para a primeira semana de junho a retomada do julgamento que pode cassar a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.

O processo vai ser retomado no tribunal na terça (6). Outras três sessões estão marcadas para a mesma semana: dias 7 de junho, quarta, às 19h; e dia 8, quinta, de manhã e à noite.

O julgamento pode ser novamente interrompido caso algum ministro faça pedido de vista (mais tempo para analisar o caso) ou se alguma questão de ordem for aceita pelos magistrados.

A ação foi proposta pelo PSDB, que acusa a chapa presidencial de 2014 de cometer abuso de poder econômico e político.

Essa é a primeira vez que o TSE analisa uma ação de impugnação de mandato de presidente.

 
 

O caso começou a ser julgado em 4 de abril, mas foi suspenso para abrir mais prazo às defesas da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer.

O ministro Herman Benjamin, relator do processo, indicou que votará pela cassação.

A Procuradoria-Geral Eleitoral recomendou a cassação da chapa vencedora. Os documentos estão em sigilo.

Dois novos ministros participarão da retomada do julgamento: ar Gonzaga assumiu a vaga aberta com a saída do advogado Henrique Neves, cujo mandato terminou em 16 de abril. Ele atuava como ministro substituto há quatro anos.

Tarcísio Vieira, também ministro substituto, assumiu a cadeira de Luciana Lóssio, que deixou o tribunal em 5 de maio.

O processo vai gerar jurisprudência no tribunal que será seguida nas ações de impugnação de prefeito e governador –que chegam à corte com mais frequência.

O plenário do TSE é formado por sete ministros, sendo três do STF, dois do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e dois integrantes da advocacia.